terça-feira, fevereiro 19, 2013

A Civilização Romana


A civilização romana atingiu seu apogeu durante os primeiros séculos da nossa era. Ele foi o império ocidental mais poderoso, entretanto o império se consolidou como resultado de centenas de anos de conquistas e avanços culturais e politica de expansão territorial. Entretanto a analise da civilização romana tem dois aspectos.
Antes de se transformar em uma cidade e iniciar seu crescente processo de unificação, o território romano era formado por sete montanhas em volta da ilha de Tibre, uma região chamada Latium Vetus, ocupada por diversas tribos indo-europeias (etruscos, oscos, ecuos, volscos, sabinos, umbros e latinos). Acredita-se que foram os latinos que povoaram a região da Roma atual, chegados durante a Idade do Bronze. A fundação de Roma durante o século VIII A.C representa a construção da cidade amuralhada, construída para proteger a população latina do ataque de outras tribos.
Numitor, governante de Alba Longa, foi destronado e expulso por seu irmão, Amulio, quem, além disto, matou todos os seus filhos homens a fim de permanecer no poder. A filha de Nomitor, Rea Sivia, que havia dado à luz aos gêmeos Romulo e Remo, apavorada, colocou os filhos em uma cesta e jogou no rio Tibre. Os gêmeos foram encontrados por uma loba, Luperca, que os amamentou em uma cova. Os meninos cresceram saudáveis, criados por uma família de pastores até que um dia descobriram sua origem. Os dois partiram então para Alba Longa onde destronaram o tio, recebendo pelo feito as terras de Latium Vetus. A cidade recebeu seu nome, Roma, pois tempos depois, Rômulo venceu o irmão durante um desafio e terminou sendo seu primeiro rei.


Política e Sociedade

Desde o princípio da civilização romana até o momento da queda do Império, Roma antiga teve diferentes modelos de governo. A cidade foi fundada sobre uma base monárquica (753 A.C- 510 A.C), sendo substituída pela República (510 A.C a 27 A.C), e posteriormente pelo Império, que começou com o Principado (27 A.C a 284 D.C) e posteriormente o Dominato (284- 476).
A ordem social romana era formada pela família, encabeçadas pelos homens, que a partir de dezessete anos podiam votar, ocupar cargos públicos, pagar impostos e servir o exército. Todos os descendentes de ancestrais comuns eram agrupados em gens. Dez gens constituíam uma cúria. O rei convocava duas assembleias anuais de votação. Nela, os resultados de cada cúria equivaliam a um voto. Para a aprovação de uma lei, por exemplo, dezesseis, das trinta cúrias de Roma, deveriam pronunciar-se a favor. O rei contava com a ajuda do Senado, formado por anciãos, que o aconselhavam. Em seguida havia os plebeus e os escravos. Quando a população plebeia começou a crescer mais do que a população das cúrias (chamada patrícia) o rei Sérvio Tulio percebeu que era um erro que essa classe não pagasse impostos ou servisse o exército, e assim dividiu os papéis dentro do exército para ambos os patrícios e os plebeus, obrigando-os também a pagar impostos como os outros cidadãos. A classe plebéia reagiu fortemente contra sua falta de direitos de cidadania e durante a República conseguiu estabelecer o cargo de tribuni plebis, (magistrados com direito a vetar decisões do Senado).
O Principado surgiu por iniciativa de César Augusto (sucessor de Júlio Cesar) que havia sido tribuno da plebe, cônsul e princeps senatus (primeiro homem do Senado). Os cidadãos ricos pertenciam ao Senado ou à milícia a cavalo. Em 212, a cidadania foi estendida a todos os cidadãos. Mas ainda havia os não cidadãos (escravos libertos) e escravos, que cresciam em numero populacional. Durante o Dominato, governo do Imperador Diocleciano, surgiu o feudalismo e a classe dos colonos, homens livres porem não proprietários de terras e, portanto precisavam trabalhar terras alheias para sobreviver. Assim foram criados os grêmios, que agrupavam esta classe de acordo com sua profissão.



Lugares Sagrados
Os lugares sagrados em Roma mudaram bastante com o advento da adoção do catolicismo no século IV, durante o governo de Constantino. A partir de então, novos espaços de adoração começaram a serem construídos e muitos outros, pagãos, eliminados. Os romanos começaram a construir grandes basílicas e igrejas (São Pedro de Roma), e vários locais que haviam sido parte da recente história do Cristianismo, passaram a ser considerados sagrados.


Como as cerimônias religiosas romanas pagãs ocorriam em diversos lugares púbicos, independente de um templo específico, qualquer espaço poderia tornar-se sagrado a partir da celebração de uma cerimônia religiosa chamada inauguratio, após a observação de específicos sinais divinos. O mesmo acontecia com locações descritas em relatos míticos.Os templos foram numerosos na Roma antiga e sua arquitetura combinava as heranças etruscas e gregas. Apesar de os templos romanos não possuírem uma estrutura que servisse como modelo a maioria deles contava com uma planta retangular, como o Templo de Cesar no fórum romano. Existiam também os de planta circular, conhecidos como tholos, sendo um dos mais conhecidos o Panteão de Agripa, localizado em Roma e construído por arquiteto de nome homônimo, amigo do Imperador Augusto. A construção das salas que antecediam à nave dos templos podia variar entre colunas ou arcos integrados, e seu número mudada de acordo com o local.

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