terça-feira, julho 29, 2014

Um centurião romano nos dias de hoje

O centurião arrependido

Os integrantes da comunidade do Amanhecer têm a sua origem transcendental como centurião, roupagem na qual exerceram todo tipo de atrocidades e provas de desconhecimento cristão. Num consultório psicológico, durante uma sessão de análise, o terapeuta, interessado na narrativa do paciente, que tinha um quadro de perseguições na mente, resolveu pôr a público a rica história, que se passou em Roma. (Vicente Filgueira, Jornalista Editor de Conteúdos).



Por Ney Jefferson B. de Souza. Médico e terapeuta de vidas passadas. Formado pela Sociedade Brasileira de Terapia de Vidas Passadas (SBTVP). Mora e mantém Consultório em Manaus AM. Endereço, e-mail e telefone podem ser obtidos através deste blog http://filgueiranews.blogspot.com.br/



Foto de miniatura gentilmente
cedida por:henriquecosta.tripod.com


E.L, era um piloto comercial, casado, na faixa dos 35 anos, católico, que me procurou em 2005 por indicação de uma outra paciente. Seu maior problema era um grande complexo de inferioridade que lhe afastava das pessoas, deixando-o com poucos amigos, era, segundo ele mesmo, excessivamente tímido e indeciso. Por conta disso seus relacionamentos eram insatisfatórios, sempre achando que todas as outras pessoas  estavam acima dele.

Coloquei seu relato aqui por ele ter se lembrado de detalhes que me permitiram localiza-lo no tempo e porquê me deu informações preciosas de como era o modo de vida de uma classe de pessoas que na história antiga desperta muitas curiosidades, os centuriões romanos. Transcrevo abaixo sua história:

“Parece a época de Jesus, a mais ou menos 2000 anos… tem vários trabalhadores… são escravos romanos, usam togas brancas e estão tirando pedras de uma montanha. O local é árido, com muitas rochas amareladas donde são tirados os blocos de um tipo de pedra porosa. Eu era romano também, sou um dos guardas dos escravos, tenho 23 anos aproximadamente, nós [os guardas] usamos roupas com ombreiras e um saiote de couro com um pano vermelho por baixo, tem guardas com capacetes de ferro e outros com capacetes altos, de bronze, com uma crina de cavalo em cima”.

“Estamos vigiando os escravos que trabalham aqui, eles são bem tratados, desde que trabalhem, são todos homens e brancos. Eu não gostava de ver aquelas pessoas ali, pensava que eram de nosso próprio povo [romano] e ficava meditando o que seria do futuro do povo romano e da minha família. Aquilo tudo me dava tristeza, não podia fazer nada, aqueles homens foram presos por bobagens, a mando do imperador Cézar Augusto, queira ter força ou poder para mudar aquilo, mas não tinha”.

Pelas informações que ele nos deu o trabalho daqueles escravos era em uma das muitas minas de mármore que abasteciam o Império Romano. Na época de Augusto no final de 43 a.C. houve uma grande repressão, trezentos senadores e dois mil cavaleiros, oponentes dos novos governantes, foram proscritos e numerosas propriedades confiscadas no seu apogeu, e, certamente muitos destes presos políticos foram enviados para realizarem trabalhos forçados, o que parece ter incomodado a personagem do meu paciente, pelo visto o regime em que os centuriões eram recrutados e mantidos para trabalhar, era como um trabalho livre, mas que tinha certas condições que restringiam as escolhas sobre a carreira que seguiam e as obrigações que lhes eram infringidas. Mas lembram bastante a dos soldados das forças armadas hoje, na maioria dos países onde elas são remuneradas, com sua hierarquia e obrigações.

“Um dia fomos avisados que o imperador havia declarado todos os prisioneiros traidores, e mandou executa-los. Eu sabia que aquilo não era verdade, mas tínhamos que cumprir ordens , era a nossa obrigação. O fiz com a espada, eu e mais seis soldados. Depois daquilo me senti muito mal, triste comigo mesmo e com ódio do imperador, se pudesse deixaria de ser guarda, mas não podia senão seria considerado desertor, então fiquei lá.

Uns dois anos depois daquilo fui chamado ao combate contra outro povo, fui contra a vontade, mas não tinha opção, sentia medo de morrer e não gostava da guerra, ficava pensando o tempo todo numa maneira de sair do combate. Numa de nossas lutas eu estava de armadura, com uma roupa de couro grossa, à cavalo, aí encontramos o inimigo, iniciando o combate, ficou tudo confuso e findei caído do cavalo, nesse momento um combatente veio e me cravou uma espada no peito, morri ali, estático de costas no chão, junto a vários outros homens mortos, o sangue preso pela roupa grossa.

Meu espírito ficou satisfeito por ter saído daquela vida e eu sentia que tinha que ser uma coisa melhor e que tinha que ter poder para poder fazer coisas melhores, defender as pessoas mais pobres e prejudicadas, no fim pensei que poderia ter influenciado mais meus superiores me impondo mais e não me escondendo, fiquei triste por não ter aproveitado melhor aquela vivência”.

Este paciente não durou muito tempo em terapia abandonando-a depois de algumas sessões, possivelmente por não conseguir mudar o que gostaria ou ter as melhoras na velocidade que lhe seria desejável, talvez eu nunca vá saber, mais ficou o interessante relato de sua regressão que, espero, tenha lhe servido de alguma forma.


O mosqueteiro apaixonado

Por Ney Jefferson B. de Souza. Médico e terapeuta de vidas passadas. Formado pela Sociedade Brasileira de Terapia de Vidas Passadas (SBTVP). Mora e mantém Consultório em Manaus AM. Endereço, e-mail e telefone podem ser obtidos através deste blog http://filgueiranews.blogspot.com.br/

Em muitas regressões que presenciei essa foi talvez uma das mais belas, entre tantas histórias trágicas contadas pelos pacientes regredidos a épocas tão diversas, como distantes da humanidade foi bom ter ouvido uma história reconfortante de amor e perdão entre duas pessoas, superando a barreira do tempo e do espaço.

C.S. era uma jovem por volta de seus 30 anos, e após algumas sessões identificamos que tinha problemas com seus relacionamentos no geral, principalmente os românticos. Muito frustrada se queixava que nenhum romance que tinha dava certo e não conseguia achar o amor verdadeiro.

Logo no início da regressão C.S. disse que tinha um homem perto dela e praticamente gritou: “Ele está aqui!! em cima de mim, quer me machucar!!”. Fiquei curioso e notei que estávamos frente a uma visita do passado, quem seria ele e o que desejava? Bem, só tinha um jeito de saber, perguntando à paciente, e foi o que fiz e ela foi me contando a história a seguir, enquanto a visita a ouvia próxima.

“Eu vivia num palácio, a mais ou menos 500 anos, era rica, usava roupas bonitas, vestidos rodados e perucas, parecia a corte francesa,  , conheci ele ( a visita ) numa festa de máscaras lá, ele era um mosqueteiro, bonito, de presença marcante, tinha cabelos escuros e compridos, era alto e trabalhava no palácio, eu era filha do rei, nos aproximamos e tivemos um romance rápido na festa, depois dali continuamos nos encontrando”.

Empolgada, depois de pouco tempo fugi com ele e fomos para uma cabana rupestre, acho que ele pensou em vivermos lá juntos, mas eu não queria aquela vida, não era para mim. Acostumada no luxo e na riqueza logo me entediei e o abandonei, fugi, aquilo durou só uma noite, mas ele achou que eu ia ficar com ele”. Enquanto falava ela me dizia que estava tendo sensações de amor, carinho e as mágoas que percebia serem do mosqueteiro. Isso ocorre porque nesses momentos a ligação entre a “presença” e o paciente telepaticamente fica muito forte; ela chegava a senti-lo fisicamente,  “Ele é alto, me abraça” disse ela.

Ao perguntar-lhe o que aconteceu depois daquilo ela continuou, com uma certa tristeza na voz : “Ele não conseguiu mais voltar ao palácio, além do problema que arranjou ficou com vergonha da minha rejeição; findou indo embora.. acuado e triste…para um lugar que ninguém conhecia, casou, mas nunca foi feliz, porque se lembrava de mim, me amava de verdade, sentia culpa de não gostar da mulher e não me esquecer, viveu assim até morrer”.

Continuei a perguntar-lhe sobre como terminou a vida do mosqueteiro ela finalizou: “Depois de morto ele prometeu para si mesmo que não me deixaria ser feliz, por eu não ter tido coragem e nem amor suficientes para ficar com ele”, nesse momento ela gritou: “Ele está enfiando uma espada na minha cabeça!!”. Logo lembrei de suas queixas principalmente de que seus namoros, que normalmente terminavam mal. 

Interessante como, depois da morte, nas lembranças das regressões, as pessoas interagem e conseguem visualizar e saber da vida e das mortes das outras, com detalhes, é só perguntar; isso mostra para mim que, com certeza, temos todos alguns tipo de “interligação” espiritual. Mas não a deixei se fixar nessa sensação e continuei perguntando à ela o que poderia fazer a respeito do problema, ela pensou em pouco e respondeu que deveria pedir perdão a ele, e o fez, de forma muito emocionada, dirigindo-se diretamente à “presença” falou que foi inconsequente e não imaginou que tinha lhe causado tanto sofrimento.

Pedi que observasse a reação do nosso visitante que, após alguns segundos de reflexão, pareceu aceitar, segundo ela, seu pedido de perdão. Colocando as mãos em torno de si como um abraço carinhoso, a paciente disse em meio à lagrimas: “Ele está me abraçando, posso até sentir o calor do corpo dele…passa a mão nos meus cabelos, beija minha cabeça, parece entender tudo, e está indo embora, mas diz que nunca vai me esquecer…”; falou que o viu ir desaparecendo devagar, indo em busca de um futuro que estava paralisado já a 500 anos, era uma despedida linda da qual apenas eu era a testemunha, pedi apenas que ela o deixasse ir, emocionado também.


Terminamos a regressão com ela se sentindo bem melhor e disposta a dar um novo impulso na sua vida e seus relacionamentos a partir dali, entendendo que na vida às vezes deixamos rastros de dor e sofrimento pelo caminho dos quais nem suspeitamos, e eu acreditando cada vez mais na misericórdia divina, que nos dá sempre uma nova chance de redimir e corrigir nossos erros.
Em muitas regressões que presenciei essa foi talvez uma das mais belas, entre tantas histórias trágicas contadas pelos pacientes regredidos a épocas tão diversas, como distantes da humanidade foi bom ter ouvido uma história reconfortante de amor e perdão entre duas pessoas, superando a barreira do tempo e do espaço.

C.S. era uma jovem por volta de seus 30 anos, e após algumas sessões identificamos que tinha problemas com seus relacionamentos no geral, principalmente os românticos. Muito frustrada se queixava que nenhum romance que tinha dava certo e não conseguia achar o amor verdadeiro.

Logo no início da regressão C.S. disse que tinha um homem perto dela e praticamente gritou: “Ele está aqui!! em cima de mim, quer me machucar!!”. Fiquei curioso e notei que estávamos frente a uma visita do passado, quem seria ele e o que desejava? Bem, só tinha um jeito de saber, perguntando à paciente, e foi o que fiz e ela foi me contando a história a seguir, enquanto a visita a ouvia próxima.

“Eu vivia num palácio, a mais ou menos 500 anos, era rica, usava roupas bonitas, vestidos rodados e perucas, parecia a corte francesa,  , conheci ele ( a visita ) numa festa de máscaras lá, ele era um mosqueteiro, bonito, de presença marcante, tinha cabelos escuros e compridos, era alto e trabalhava no palácio, eu era filha do rei, nos aproximamos e tivemos um romance rápido na festa, depois dali continuamos nos encontrando”.

Empolgada, depois de pouco tempo fugi com ele e fomos para uma cabana rupestre, acho que ele pensou em vivermos lá juntos, mas eu não queria aquela vida, não era para mim. Acostumada no luxo e na riqueza logo me entediei e o abandonei, fugi, aquilo durou só uma noite, mas ele achou que eu ia ficar com ele”. Enquanto falava ela me dizia que estava tendo sensações de amor, carinho e as mágoas que percebia serem do mosqueteiro. Isso ocorre porque nesses momentos a ligação entre a “presença” e o paciente telepaticamente fica muito forte; ela chegava a senti-lo fisicamente,  “Ele é alto, me abraça” disse ela.

Ao perguntar-lhe o que aconteceu depois daquilo ela continuou, com uma certa tristeza na voz : “Ele não conseguiu mais voltar ao palácio, além do problema que arranjou ficou com vergonha da minha rejeição; findou indo embora.. acuado e triste…para um lugar que ninguém conhecia, casou, mas nunca foi feliz, porque se lembrava de mim, me amava de verdade, sentia culpa de não gostar da mulher e não me esquecer, viveu assim até morrer”.

Continuei a perguntar-lhe sobre como terminou a vida do mosqueteiro ela finalizou: “Depois de morto ele prometeu para si mesmo que não me deixaria ser feliz, por eu não ter tido coragem e nem amor suficientes para ficar com ele”, nesse momento ela gritou: “Ele está enfiando uma espada na minha cabeça!!”. Logo lembrei de suas queixas principalmente de que seus namoros, que normalmente terminavam mal. 

Interessante como, depois da morte, nas lembranças das regressões, as pessoas interagem e conseguem visualizar e saber da vida e das mortes das outras, com detalhes, é só perguntar; isso mostra para mim que, com certeza, temos todos alguns tipo de “interligação” espiritual. Mas não a deixei se fixar nessa sensação e continuei perguntando à ela o que poderia fazer a respeito do problema, ela pensou em pouco e respondeu que deveria pedir perdão a ele, e o fez, de forma muito emocionada, dirigindo-se diretamente à “presença” falou que foi inconsequente e não imaginou que tinha lhe causado tanto sofrimento.

Pedi que observasse a reação do nosso visitante que, após alguns segundos de reflexão, pareceu aceitar, segundo ela, seu pedido de perdão. Colocando as mãos em torno de si como um abraço carinhoso, a paciente disse em meio à lagrimas: “Ele está me abraçando, posso até sentir o calor do corpo dele…passa a mão nos meus cabelos, beija minha cabeça, parece entender tudo, e está indo embora, mas diz que nunca vai me esquecer…”; falou que o viu ir desaparecendo devagar, indo em busca de um futuro que estava paralisado já a 500 anos, era uma despedida linda da qual apenas eu era a testemunha, pedi apenas que ela o deixasse ir, emocionado também.


Terminamos a regressão com ela se sentindo bem melhor e disposta a dar um novo impulso na sua vida e seus relacionamentos a partir dali, entendendo que na vida às vezes deixamos rastros de dor e sofrimento pelo caminho dos quais nem suspeitamos, e eu acreditando cada vez mais na misericórdia divina, que nos dá sempre uma nova chance de redimir e corrigir nossos erros.

Um comentário:

Unknown disse...

Pessoalmente, gostei muito da narrativa com a riqueza de detalhes.